Entrevistas

Catu precisa de uma reformulação total, diz Antonio Pena
"Pena sentado no banco de reservas se preparando pra entrar em campo"


Ex prefeito de Catu por duas vezes, empresário e desportista, Antonio Pena conversou com a equipe do Blog e revelou ser uma pessoa democrática por excelência e formação.

Até o fechamento da entrevista, Pena não havia se desfiliado do DEM.

Por onde Anda e o que faz Antonio Pena?

Eu continuo com minha vida de empresário dedicado aos problemas dos nossos negócios e do clube, cuidando do patrimônio que construí em minha vida, de modo que me dedico a arrumar minhas coisas, porque foram dois mandatos com oito anos que eu abandonei praticamente meus negócios para cuidar da coisa pública, porque na minha visão, foi um compromisso assumido com os cidadãos que nos depositou o voto e eu tinha o compromisso e acredito ter cumprido fielmente tudo aquilo que eles esperavam de mim.

Como o senhor avalia a atual gestão do município?

É muito difícil fazer essa avaliação, eu tenho por norma não ser critico às pessoas que administram os municípios, o estado e o país, porque é muito complexo administrar a coisa pública e cada pessoa tem uma forma de ver, de vivenciar, de olhar e de praticar a coisa pública, então eu não gostaria de fazer essa avaliação, pois a prefeita foi uma pessoa com quem eu convivi na juventude, ela foi minha secretaria, depois houve um aborrecimento e ela se afastou de mim, então eu gostaria de me poupar de fazer essa avaliação, deixo isso para quem convive em Catu para que eu não cometa nenhum tipo de equívoco, pois eu não estou vivendo o dia-a-dia da vida pública de Catu, venho às vezes e participo de algumas coisas não efetivamente, pois estou me dedicado à minha vida particular.

Considerando a situação atual do município, qual será o principal desafio do próximo prefeito?

Observando e vivenciando alguns episódios, eu acho que Catu tem que fazer uma reconstrução total. O prefeito que vier terá que obter recursos com um novo orçamento auxiliar para recuperar tudo aquilo que foi construído há alguns anos e precisa ser recuperado com urgência.

O senhor sente falta da política?

Não! Eu nunca quis ser político, eu sou desportista de origem, só entrei na política por causa do meu compromisso com esta terra, cheguei aqui jovem e construí minha vida e um relacionamento de amizade muito grande com a população. Passei a gostar e amar a cidade e me comprometi comigo mesmo que tudo que eu poder fazer pra ajudar Catu, eu faço sem nenhum problema, pois eu gosto dessa cidade e quem me conhece sabe disso.

Diante da movimentação política, alguns nomes estão sendo citados. Sua pré-candidatura está confirmada?

Eu estou muito feliz com a lembrança do povo, isso é o reconhecimento daquilo que fizemos ao longo da minha vida aqui em Catu. Esse carinho que a população tem comigo, a recíproca é verdadeira, todo mundo sabe que tudo que é meu leva o nome de catuense, eu sou catuense em qualquer circunstância. Essa noticia é muito importante porque satisfaz o ego. Todo mundo gosta de ser amando, lembrado e querido, isso me faz gostar mais ainda dessa terra.

O que te diferencia dos outros possíveis pré-candidatos?

Eu não sou diferente! Sou um ser humano igual a todos os outros nomes. Operário em determinada época travestido de empresário e desportista, sempre procuro fazer tudo com cautela e com o maior respeito com todos e isso seja talvez, o segredo desse relacionamento e dessa amizade com o povo catuense.

Quais os principais problemas atualmente em Catu?

Vários. Catu precisa de uma reformulação total. Isso só pode ser feito se houver uma união entre os políticos, população e empresários. O próximo prefeito tem que mudar a forma de fazer política, precisa ser um mensageiro do bem, da paz e do progresso. É preciso conversar com o empresariado para juntos formarem um grupo de trabalho e união pra salvar o município e trazer o mesmo para os trilhos do desenvolvimento. Catu parou. O próximo prefeito vai ter que conseguir recursos no nível de dois orçamentos, precisa ter um programa pra administrar o município e conseguir verbas pra recuperar o patrimônio que está depredado, as vias públicas da cidade e a saúde. Eu me lembro que quando cheguei a Catu ainda jovem eu servi a prefeitos que tinham dificuldades de expressão, mais administravam bem, eles até não construíam escolas, mas também não as fechavam. Sempre estavam conservando. A educação é um fator fundamental para o crescimento do município. Soube inclusive que 15 escolas foram fechadas e isso é preocupante, o próximo prefeito terá que reabrir essas escolas imediatamente. Pra mim, isso é prioridade. Um município sem educação não tem futuro, ainda mais nesta época, onde a tecnologia está precisando de jovens preparados para o mercado de trabalho.

O senhor acha que a cidade sente falta de uma liderança na esfera estadual e federal?

Há poucos dias fui convidado para participar de algumas reuniões e tive a oportunidade de dizer aos amigos que tem que haver um desprendimento, as pessoas têm que deixar de lado as vaidades pessoais. Não adianta dizer que manda. O único que manda é Deus. Somos seres humanos capazes de cometer erros e acertos. Vamos ter piedade dos que erraram, vamos fazer tudo por aqueles que procuram acertar e não ficar atirando pedras naqueles que deixaram de fazer ou fizeram uma má administração. A eleição é pra isso, cada um tem que fazer sua avaliação na hora de votar. Não votar apenas por capricho, por ódio ou porque tal candidato deu isso e aquilo. O que vale é o eleitor fazer uma avaliação do quadro político analisando as melhores propostas e o passado desses candidatos.

O senhor geriu o município por duas vezes, houve algum momento de crise?

Crise propriamente dita eu não considero. Eu tive dificuldades, no último mandato tivemos perdas de recursos por conta dos problemas dos limites, Catu ficou com a arrecadação sacrificada e por isso diminuímos a capacidade de realizações e o trabalho que pudesse superar a primeira administração, mas isso pode ser revertido, o Brasil vive uma democracia plena e nós temos que usar o prestigio que temos pra reverter esse quadro convocando todas as pessoas que gostam e vivem em Catu para levar essa próxima eleição a sério pra não se cometer erros.

Como é administrar um município com tantos problemas em nível de infraestrutura?

Primeiro tem que se cercar de bons assessores e acompanhar de perto com a comunidade participando de tudo que se faz na cidade, se você se integrar com a comunidade terá o melhor parceiro do mundo para fazer uma boa administração, ninguém melhor que a comunidade pra ser um pesquisador das necessidades do município. É preciso abrir as portas do gabinete e fazer visitas nas localidades, o prefeito terá uma boa referência para pesquisar e administrar.

Quando prefeito, o senhor fez algo para rever a situação dos limites territoriais entre Catu e Pojuca?

Fizemos sim! Chegamos a fazer um simpósio no Desenbanco, nessa época eu contei com o deputado Joseildo Ramos que me deu uma assistência, me aproximando da direção da Petrobrás e o pessoal me ajudou bastante e eu tive a oportunidade de trazer representantes da empresa que explicou que Catu foi prejudicado perdendo royalties de petróleo por conta das mudanças no mapa do recôncavo da Bahia e conseqüentemente essas mudanças criaram dificuldades para que nosso município continuasse com essa arrecadação. Os poços principais de petróleo passaram pra Pojuca e até hoje não houve a devolução, espero que o futuro prefeito resolva, para que Catu não sofra mais com a falta dessa arrecadação.

O Senhor acha que isso foi uma jogada política? Alguém tem culpa?

Comenta-se muito, alguém fez e ninguém assume, a verdade é que Catu perdeu os poços e até hoje ninguém conseguiu recuperar.

Algumas alianças políticas em Catu já estão formadas, o senhor está filiado em algum partido?

Sou filiado ao DEM, não pretendo continuar porque o partido tomou umas posições políticas que não fazem parte da minha formação. Eu acho que se pode fazer oposição ao Governo, mas uma oposição sadia e não radical, eu prefiro mudar e ficar afastado do processo político. Se eu for convidado pela comunidade pra participar do processo, eu mudarei de sigla, porque eu não posso fazer uma política sistemática contra a estrutura do Governo em um partido onde ele só se coloca em posição antagônica e isso não trás futuro para o município e eu não quero atrapalhar o progresso, eu quero que quem estiver governando o município possa ter acesso ao nosso governador Jaques Wagner e ao vice Otto Alencar.

Com quem o senhor não faria aliança em Catu e por quê?

Eu sou uma pessoa democrática por excelência e formação, eu vou escolher aquele que minha consciência ditar que é o melhor para administrar Catu. Eu por eliminação não tenho nada contra ninguém, acho que todos merecem respeito, muita gente pretende se candidatar, vou esperar as coisas acontecerem e aquele que eu achar que representa uma perspectiva de realizar algum trabalho em beneficio e do progresso do município, certamente que irei apoiar.

Entrevista/Tiago Amorim
Reproduziu: Catu FM 104.9
  

É possível conversar com qualquer corrente política, diz 
professor Seles

José Carlos Seles Soares, vereador pelo Partido dos Trabalhadores 2009/2012 e professor do Instituto Federal da Bahia. Ele acompanha a ideologia do seu partido de acordo com suas mudanças, se distanciando de um partidário tradicional

Como o senhor avalia a atual gestão do município?

Nestes dois anos e nove meses de gestão, a avaliação é muito ruim em função da expectativa que a população e os próprios vereadores depositaram em uma administração construtora e eficiente, portanto a falta de realizações faz com que a avaliação popular também identifique a administração atual como ruim.

Considerando a situação atual do município, qual será o principal desafio do próximo prefeito?

São várias as questões. Hoje o nosso município carece de ações políticas nas áreas de segurança pública, infraestrutura, saúde e de educação. Portanto, esses quatro pilares seriam os principais para investirmos.

O senhor é pré candidato a Prefeito?

Coloquei-me na condição de pré-candidato dentro do Partido dos Trabalhadores porque isso surgiu na realidade no seio popular e que nos coloca também com essa possibilidade de disputar o pleito.

O que diferencia o senhor dos outros possíveis candidatos?

Eu acredito que cada candidato tem o seu instrumental para disputar um pleito como esse. Mas o que a gente entende é que administrar uma cidade é uma questão que vai além do próprio município. É preciso buscar parcerias com o Governo do Estado, secretárias e ter apoios de deputados, isso dá um cacife para que se possa realmente pleitear e fazer uma boa gestão no município.

Qual o principal problema atualmente em Catu?

Os grandes problemas no município estão na Infraestrutura Urbana. Pois carece de um planejamento e execução. São vários os problemas que nós encontramos na nossa cidade, esgotamento sanitário e pavimentação, isso gera outros problemas no município. Também na segurança pública, hoje nós temos 51 mil habitantes e o efetivo é pequeno na Policia Militar e na Policia Civil, isso com certeza tem incentivado as ocorrências e delitos no nosso município.

Se eleito Prefeito, qual seria a prioridade de sua gestão?

Como citei, a prioridade no município seria investir na infraestrutura. Hoje nós temos um grave problema, em pleno século XXI nosso município não tem uma rede de esgoto e a que temos é despejada no rio, poluindo o mesmo, sem nenhum tratamento, então seria investir pesado no saneamento básico do município.

Qual a sua principal bandeira de luta e o que o senhor tem feito para aproximar seu mandato com a população?

Nós temos nos colocado à disposição de toda a comunidade, buscando desenvolver um mandato com parceria popular voltado para atender as necessidades mais urgentes das comunidades, por isso, participamos com freqüência de reuniões com associações de bairros e de produtores rurais para detectar quais são as reais necessidades coletivas do nosso município, encaminhamos os pedidos de soluções através de requerimentos, indicações e ofícios à gestão municipal buscando solucionar esses problemas.

O senhor foi eleito nas últimas eleições com a maioria dos votos de uma boa parte de intelectuais, porém durante o seu mandato, houve uma mudança de postura, passou a caminhar pela zona rural. Isso seria uma aposta em um novo reduto eleitoral, criação de novas bases?

Nossa visão foi tentar levar aos moradores da zona rural um pouco de política pública, hoje nós temos cerca de oito mil e quinhentos habitantes vivendo na área rural. Esses moradores ficam muito isolados, temos sérios problemas quando falamos de infraestrutura, de estradas vicinais e transporte para essas pessoas. O ofício da minha profissão da área que trabalho como professor no IFBa, me ajudou a me aproximar dessas comunidades, fui autor do projeto de lei que criou o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável buscando o desenvolvimento de políticas publicas voltadas para zona rural. Lógico que pelo meu nível de formação e pelo conhecimento que tenho na cidade, com certeza não abandonei e nem vou abandonar esses eleitores, pois são eles os formadores de opinião, são esses que realmente que nos orientam a realizar um mandato mais eficiente.

Além do senhor , o PT em Catu apresenta o vereador Adilson Mota e Geranilson Requião como pré-candidatos pelo partido. Qual será o critério na escolha? Haverá prévias?

Até pouco tempo eu não tinha colocado a minha pré-candidatura dentro do partido. Nas ultimas reuniões foi discutida pela direção quais os nomes que postulavam a candidatura de prefeito. Então, depois de ter ouvido em todos os locais do município essa vontade popular, não é demagogia, coloquei o meu nome para participar da disputa dentro do partido. Acredito que com as reuniões deveremos entrar em entendimento porque o objetivo é a união e somar forças para que o candidato escolhido possa ter a capacidade de atrair outras agremiações para disputar as eleições.

O PT nacional e regional tem feito alianças com políticos que outrora eram inimigos. Ex: Dilma e Collor de Melo na mesma base de governo. Wagner e Otto Alencar no Governo da Bahia. O PT de Catu faria uma nova aliança com o ex-prefeito Nardson para as eleições de 2012?

Não se governa sozinho. Governa-se para todos.
As possibilidades políticas, elas sempre existem, e tudo depende de entendimento e dialogo, não podemos politicamente dizer que nunca iremos conversar, discutir políticas públicas, planejamento de gestão se fecharmos as portas para outros nomes. Eu entendo, o exemplo está sendo dado, como foi citado sobre as alianças no governo federal e estadual, então, devemos buscar entendimentos e tenho certezas que outras pré-candidaturas tem propostas para o desenvolvimento do nosso município

Então uma conversa com Nardson seria possível?

Acredito que sim. É possível conversar com qualquer corrente política, agora, lógico que teríamos que colocar na mesa as condições para que haja esse entendimento, em política, por ela ser muito dinâmica, não se pode descartar nenhuma aproximação.

O PT se coloca como cabeça de chapa, neste caso, como serão feita as alianças com os outros partidos da esquerda? E se esses também desejarem participar do processo nesta condição?

Essa é uma posição que ao longo dos anos o Partido tem pleiteado a disputa como cabeça de chapa e ainda não conseguimos alcançar esse objetivo. Por uma única vez tivemos um representante membro do partido, como vice-prefeito, que foi o vereador Adilson, mais o mesmo não pôde desenvolver um trabalho e nós entendemos que esse é o momento oportuno para que o PT possa encabeçar uma chapa, porque a nossa vontade é de alinhar o governo municipal com o governo estadual e federal buscando as políticas públicas para a Bahia e principalmente para Catu. Acho que somando e alinhando essas forças, Catu só tem a ganhar.

Portanto eu entendo que não é imposição e sim uma avaliação que as outras agremiações devem fazer quando tentarmos nas eleições de 2012 essas junções e coligações. Essa é uma expectativa que temos e queremos, essa oportunidade para comandar os destinos de nossa Cidade já que por inúmeras eleições na esfera estadual e federal o eleitorado no município de Catu demonstra essa tendência. Wagner, Lula, Dilma e os deputados de esquerda sempre foram majoritários nas eleições em Catu com votações acima de 70%, por isso nós queremos trazer esses eleitores também para eleição municipal, fazendo um representante do nosso partido que possa buscar o entendimento com o Governo do Estado e com as Secretarias para trazer para Catu as ações que o Governo do PT tem na Bahia e no Brasil. A minha esperança é que outros candidatos no momento do entendimento da conversa, percebam que mesmo sendo da base aliada do Governo do Estado, Catu hoje precisa de uma administração desse perfil que é o alinhamento a esfera Estadual e Federal.

Em 2010, o Senhor apresentou dois candidatos a deputados aos seus eleitores, inclusive eleitos, "Joseildo Ramos e Rui Costa", a cidade vive dias de rumores. Esse não seria o momento de cobrar ações dos mesmos como forma de agradecimento aos eleitores de Catu?

Esse foi um diferencial que eu marquei como importante nas minhas ações como vereador. Tivemos vários candidatos do partido aqui em Catu, a direção do meu partido apoiou outras candidaturas, eu decidir fazer carreira solo. A campanha de Joseildo e Rui fez com que nosso mandato tivesse uma avaliação por parte do eleitorado e isso correspondeu, e vale a cobrança feita em respeito das ações desses deputados. Algumas ações eu posso enumerar que esses parlamentares tem nos auxiliado quando encaminhamos demandas do nosso município para eles. Recentemente esteve aqui o caminhão do SAC que veio fazer um serviço do Governo do Estado que beneficiou a comunidade. O deputado Joseildo apresentou uma indicação ao governador solicitando a instalação da Companhia Independente da Policia Militar, isso é um fato que diferencia de outras promessas, porque isso está escrito. Ele também está empenhado no projeto de lei que inclui Catu na Região Metropolitana de Salvador e, eles estão trabalhando também na questão das divisas territoriais entre Catu e Pojuca. Esses são alguns exemplos. O Município também está sendo beneficiado com os programas Luz para todos e Água para todos. Essas são algumas ações. Fiz um compromisso com eles, pedi que eles trabalhassem, quero que Catu deixe de ser um município órfão de deputado.

Cerca de 280 candidatos a deputados estaduais tiveram votos aqui. A votação é muito dispersa e por isso ficamos órfão dessas representações. Há exceções como Nelson Pelegrino, Alice Portugal, Lídice da Mata e Luiz Alberto que sempre foram bem votados, esses sempre apresentam emendas no Congresso que beneficiam nossa cidade. Precisamos de uma gestão que elabore projetos e que busquem os recursos do Governo Federal e Estadual. Estamos buscando o caminhão do Programa Brasil Sorridente, ele passa 60 dias no município fazendo tratamento odontológico gratuito e, estamos tentando trazer para Catu. Vamos buscar com os deputados a construção de um ginásio de esporte, emendas, reforma do estádio municipal e a questão do saneamento básico.

Considerações finais

Quero agradecer a equipe pela oportunidade e dizer que nosso objetivo não é fazer falsa propaganda e nem fazer promessas vazias, nós queremos assumir compromissos com nossa população e dizer que o Partido dos Trabalhadores tem o propósito de melhorar a qualidade de vida dos catuenses e investir no desenvolvimento da nossa cidade pra gerar empregos e mais oportunidades para nosso povo.

Entrevista/Tiago Amorim
Colaborou Junior Robocop
Reproduziu: Catu FM 104.9
6 de setembro de 2011

Senadora Lídice da Mata fala com exclusividade ao 
Blog Retratos de Catu 

Vou continuar defendendo a posição que é de todo município de Catu que a reintegração de suas terras.

Filha e neta de catuenses, a Senadora Lídice da Mata (PSB-BA) obteve 17.734 votos no município de Catu nas últimas eleições.


A Senhora sempre foi uma mulher de encarar desafios na sua vida política. Qual é a sensação de ter sido a 1ª mulher a ser prefeita de Salvador e agora ser a 1º mulher a ser Senadora do Estado da Bahia?

Lídice: Uma sensação muito boa. Apesar de em ambos os mandatos ter sido a primeira mulher são dois momentos distintos. No primeiro foi uma experiência de executiva, tendo a responsabilidade de administrar a terceira maior capital do país, com muitas carências, com governos que me antecederam sempre ligados aos grupos políticos que à época governavam a Bahia, eu venci as eleições apoiada por uma aliança de partidos de esquerda, e tive que enfrentar uma oposição que não me dava trégua, que usando todo o poder da mídia que controlava, para desestabilizar a minha administração ou agindo de forma política impedindo que recursos importantes chegassem a Salvador, sem se importar com os prejuízos causados à população. Apesar de tudo isso, conseguimos deixar marcas em toda a cidade, realizando uma gestão dando prioridade aos bairros mais necessitados, que sempre foram esquecidos pelas outras administrações. Realizamos obras físicas que até hoje servem à cidade e um projeto de grande alcance social que foi a Fundação Cidade Mãe. No Senado, apesar da responsabilidade de ser a primeira mulher baiana a ocupar uma cadeira, onde outros baianos ilustres lá estiveram, entre eles Ruy Barbosa, vivemos um outro momento, estamos participando de um governo que tem um projeto semelhante ao que nós defendemos ao longo de nossas vidas, de valorização do ser humano, inclusão social e desenvolvimento econômico e terei a oportunidade de ajudar a avançar nas conquistas já obtidas e trabalhar de forma muito articulada com o governo da Bahia para trazer os recursos necessários para que nosso estado siga crescendo, beneficiando todos os baianos.

No seu mandato como Deputada, a Senhora desenvolveu diversos projetos sociais em defesa das mulheres e da educação. Sua atuação no Senado terá essas metas como prioridade?

Lídice: Além dessas questões, outras prioridades estarão presentes em meu mandato, entre elas as voltadas para o desenvolvimento econômico, o turismo, a cultura. Na educação vamos centrar esforços para a interiorização das universidades e na expansão da rede de creches, fundamental para que as mulheres tenham condições de trabalhar. Mais do que um local para deixar os filhos a creche liberta as mulheres para que elas cresçam intelectual e profissionalmente com a segurança de que suas crianças estão bem cuidadas.

Tiago: Na última entrevista ao nosso Blog, a Senhora disse que estava acompanhando a questão do litígio de território entre os Municípios de Catu e Pojuca. Como será a sua posição diante dessa situação no Senado?

Vou continuar defendendo a posição que é de todo município de Catu que a reintegração de suas terras. Tanto nos meus mandatos de deputada estadual como federal, sempre dediquei atenção especial à Catu

Tiago: Temos um problema que vem se arrastando a mais de 30 anos na BR 420 que liga Catu a Pojuca, essa vem sofrendo alguns remendos porque os moradores das duas cidades ligam constantemente para o DERBA. Atualmente a BR encontrasse sem sinalização necessária e a situação da mesma é lamentável, inclusive vários catuenses e pojucanos morrem em acidentes nesse trecho por conta do descaso com a via. A Senhora poderia observar essa situação?

Lídice: Vou instruir minha assessoria para buscar informações sobre esse problema e dar o encaminhamento necessário.

Tiago: Senadora, há muitos anos que a comunidade catuense reivindica dos políticos a inclusão do município de Catu à região metropolitana de Salvador. No ano de 2008, o Deputado Estadual Euclides Fernandes (PDT), apresentou um projeto de lei n: 89/2008 solicitando que o município fosse incluído, mais a proposta apresentado pelo Deputado foi vetado pelo relator, que manteve apenas a prerrogativa para Pojuca. No seu mandato que se inicia, a Senhora poderá rever esse projeto?

Lídice: Esse projeto está na Assembléia Legislativa do Estado, na condição de senadora não posso pedir para rever, mas vou acompanhar essa discussão

Tiago: As eleições municipais se aproximam e os grupos políticos começam a ser articularem em Catu. Como será o seu posicionamento nas eleições em 2012 de Catu?

Lídice: Nós temos o PSB organizado no município vamos começar a conversar com o nosso partido nos diversos municípios para discutir essa questão das eleições municipais.

Tiago: Existe algum projeto elaborado pela Senhora que beneficiou Catu ou ainda beneficia?

Lídice: Tanto nos meus mandatos de deputada estadual como federal, sempre dediquei atenção especial à Catu, destinando todos os anos recursos por meio de emendas ao orçamento para a realização de benfeitorias no município. Colocamos emendas para a reforma da Praça Dom Pedro Justino, construção e reforma de quadras, implantação de telecentros, infraestrutura, entre outras.

Tiago: Qual a sua expectativa para o Governo da Presidente Dilma?

Lídice: A minha expectativa é a melhor possível. Acho que nesse primeiro ano teremos algumas dificuldades devido à necessidade de ajustes econômicos, controle da inflação, mas tenho certeza que os projetos sociais terão continuidade. Acredito na sensibilidade da presidente Dilma e a minha intuição é de que ela fará um bom governo.

Tiago: O governador Wagner sempre teve uma votação expressiva em Catu, a Senhora concorda que esse é o momento do Governador olhar com mais carinho para o povo catuense?

Lídice: Concordo, acho que ele já tem feito isso, é um governo que está olhando por toda a Bahia, que tem uma estratégia que busca o desenvolvimento de todas as regiões e acredito que a nossa querida Catu, também será contemplada.

Tiago: Considerações e se existir algo há mais que complemente nossa entrevista.

Lídice: Quero aproveitar o espaço para mais uma vez agradecer à população de Catu pela votação que obtive, já disse várias vezes, mas é bom sempre relembrar, principalmente para os mais jovens, que tenho uma ligação afetiva muito forte com essa cidade onde meus pais nasceram, e também os meus irmãos Iara e Ary. Portanto é sempre com muita alegria que me dirijo aos catuenses, seja por meio de entrevistas como essa ou pessoalmente, participando dos eventos da cidade, inclusive, todos os anos faço questão de comparecer às festividades no dia da emancipação política. Para finalizar quero reafirmar que no Senado serei uma defensora intransigente dos interesses da Bahia.

Por Tiago Amorim
Fotos: Maiana Marques
28 de fevereiro de 2011

Nego fala sobre a expectativas da eleição da mesa diretora da Câmara


Por varias vezes os nobres vereadores ressaltaram a gestão com excelência do Vereador Nego no biênio de 2009-2010. Entende Vossa Excelência que deve dar continuidade como presidente?

Sim. É importante, já que o trabalho é reconhecido é bom que tenha continuidade.

Quais foram os pontos fracos e fortes na sua gestão da Câmara de Vereadores de Catu?

Pontos fortes: Reestruturação administrativa da casa, com informatização de todos os gabinetes, investimentos no material humano, principalmente nos funcionários efetivos da casa, melhoria da estrutura física no prédio, aquisição de novos veículos, modernização no sistema de sonorização, melhoria na imagem da composição da Câmara com respeito às posições políticas, climatização do plenário, responsabilidade e zelo na gestão de recursos públicos que possibilitou a devolução de recursos para aquisição de uma ambulância 0KM para o município e também um projeto inovador, seções itinerantes com o Projeto Rapidez.

Pontos fracos: A baixa frequência do cidadão nas seções ordinárias da Câmara, principalmente nas audiências publicas, falta de comunicação com o cidadão, pois não conseguimos fazer a interlocução.

O senhor acredita que por ser um nome forte, para concorrer à prefeitura na próxima eleição em 2012, esteja havendo interferências externas, de possíveis candidatos em 2012, contra sua reeleição como presidente da Câmara?

Não. O processo de desenvolvimento tem transcorrido normalmente com todos os Vereadores pleiteando a Presidência da casa que é justo dentro do processo. O importante para mim não é ser e nem continuar sendo presidente e sim continuar buscando melhorias e dar sequência ao trabalho iniciado e até ampliando algumas conquistas.

Nos bastidores o assunto que surge é que as eleições de 2012 para o executivo esteja influenciando na formação de grupos e nas decisões referentes a formação desta mesa diretora.

Normal, a politica é um jogo composta de articulações e dentro desse processo encaramos que a discussão de uma mesa da Câmara que antecede uma eleição municipal desperte o interesse de todos, principalmente dos pré candidatos para a eleição municipal de 2012. Acho isso natural dentro do processo politico.

Na última votação para Presidência da Câmara onde o senhor foi eleito, houve quase unanimidade, o clima era menos intenso sem o esconder das preferências. Desta vez o espaço parece estar mais disputado, qual o motivo que Vossa Excelência destacaria para a existência deste cenário e qual seria a diferença desse processo para o anterior?

As diferenças são muitas, estamos em um processo em andamento “processo legislativo”, onde as configurações politicas de formações de grupos começará a se apresentar, sem duvidas isso desperta um interesse maior na condução da Câmara de Vereadores e com isso tem-se o inicio da germinação e afirmação das forças politicas para os futuros processos eleitorais.

Quais as expectativas em relação ao próximo mandato?

Independente do nome que comandará essa casa, acredito na continuidade do trabalho, aperfeiçoando os acertos, corrigindo os erros e apostando cada vez mais no resgate de credibilidade dos políticos, em especial dos Vereadores. Gostaria de ressaltar que independentemente de eleito presidente, estarei sempre a disposição de colaborar, e de forma produtiva, participar de todas as decisões com a liberdade e independência de fazer criticas, bem como elogios.

Maiara Lopes
15-12-2010

Vereador Seles abre o jogo em relação a eleição da mesa diretora da Câmara de Vereadores


Na eleição anterior para presidente da Câmara houve um racha no PT. Quando Vossa Excelência não apoiou o candidato do seu partido o Vereador Adilson Mota. Nesta eleição há um alinhamento do PT, ou mais uma vez haverá uma decisão extra partidária?

Existe um alinhamento, gostaria de complementar que na primeira eleição diferente da atual não houve iniciativa do diretório municipal e até mesmo do Vereador Adilson ,que estava concluindo seu primeiro mandato, em discutir a composição da mesa, como não me consideraram em condições de pleitear a presidência da casa, aguardei que os candidatos que se consideravam aptos vinhessem me procurar para discutir essa composição. Na eleição atual houve diferente da primeira, de forma antecipada a colocação inclusive de minha candidatura e do outro Vereador do partido "Adilsom Mota". A partir daí começou a haver essa interação que não ocorreu no primeiro momento.

Quais os pontos fracos e fortes na última gestão da Câmara de Vereadores?

Pontos fortes: Investimentos em recursos físicos proporcionando melhores condições do exercício do mandato.

Pontos fracos: Faltou mais interação entre a mesa diretora e os Vereadores no sentido de incentivá-los a buscar conhecimentos para exercer bem o papel de Vereador.

Nos bastidores o assunto que surge é que as eleições de 2012 para o executivo esteja influenciando na formação de grupos e nas decisões referentes a formação desta mesa diretora.

Esse fato foi sempre determinante. Os olhares da composição da mesa diretora voltados para o pleito de 2012. Isto devido a pluralidade partidária que compõe essa casa legislativa e que as vezes ultrapassam para um lado pessoal.

Na última votação para Presidência da Câmara, onde o vereador Nego foi eleito, houve quase unanimidade, o clima era menos intenso, sem o esconder das preferências. Desta vez, o espaço parece estar mais disputado, qual o motivo Vossa Excelência destacaria para existência deste cenário? E qual seria a diferença desse processo para o anterior?

Os grupos políticos se articulam pensando nas eleições de 2012, mais principalmente agora os Vereadores já se conhecem mais e a composição da mesa acaba acontecendo mais por vaidade pessoal do que por defender projetos políticos para o município.

Quais as expectativas em relação ao próximo mandato?

Espero que a próxima mesa diretora possa dar continuidade em investimentos a recursos físicos e humanos realizando concursos públicos para o preenchimento de cargos na Câmara reorganizando a casa com a expectativa no aumento de numero dos Vereadores criando condições para que todos os Vereadores possam exercer o seu mandato com pleno apoio da presidência.

Maiara Lopes
15-12-2010

Vereador Marcio Damasceno fala sobre eleição da Câmara Municipal de Catu


Por varias vezes os nobres vereadores ressaltaram a gestão com excelência do Vereador Nego no biênio de 2009-2010. Entende Vsa. Excelência que deve dar continuidade?

Gostaria que nosso projeto continuasse, entre tanto somos dez vereadores e são todos que irão decidir, mais eu gostaria que a gestão tivesse continuidade.

Quais os pontos fracos e fortes na última gestão da Câmara de Vereadores?

Pontos fortes: Bom relacionamento entre a mesa diretora e os demais vereadores, uma administração voltada à mudança física e pessoal da Câmara.

Pontos fracos: A nossa administração falhou um pouco na questão de divulgação dos trabalhos da imagem da Câmara e do que foi realizado.

Nos bastidores o assunto que surge é que as eleições de 2012 para o executivo esteja influenciando na formação de grupos e nas decisões referentes a formação desta mesa diretora.

É possível que sim, porque em uma eleição municipal o fator principal é grupo e existem pessoas pensando em fortalecer esses grupos, mais seria uma influência positiva e não de imposição.

Na última votação para Presidência da Câmara onde o vereador Nego foi eleito, houve quase unanimidade e o clima era menos intenso sem o esconder das preferências. Desta vez o espaço parece esta mais disputado, qual o motivo Vsa. Excelência destacaria para existência deste cenário e qual seria a diferença desse processo para o anterior?

A diferença seria a chegada de 6 novos vereadores que hoje já pensam ter maturidade suficiente para concorrer a presidência da Câmara e também a questão da formação de grupos como foi dito anteriormente visando as eleições municipais de 2012.

Quais as expectativas em relação ao próximo mandato?

As expectativas são boas, pois acredito que alguém do grupo que faço parte será eleito e sendo assim, será alguém de responsabilidade, assim como foi o anterior presidente e assim dará continuidade a esse trabalho.

Você acredita que existem formações de grupos distintos que venham decidir a eleição desta noite?

Não acredito em grupos opositores, a principio havia um impasse que já foi resolvido, é um grupo só, mais dentro desse grupo há duas pessoas interessadas na Presidência, entre tanto acredito que o presidente sairá deste grupo.

Maiara Lopes
15-12-2010

Lídice da Mata fala sobre política estadual com exclusividade ao Blog Retratos de Catu

O Blog Retratos de Catu entrevistou nessa semana a Deputada Federal Lídice da Mata, líder da bancada baiana no congresso Nacional e pré-candidata ao Senado Federal nas eleições de 2010.

Qual avaliação que a Senhora faz do seu atual mandato?

Nos dois primeiros anos de mandato, atuei na presidência da Comissão de Turismo e Desporto, organizando debates e audiências públicas, discutindo temas pertinentes tanto ao turismo como ao desporto, conseguimos aprovar a Lei Geral do Turismo que estava engaveta o que foi um grande avanço para o setor, além de fortalecer as lutas de toda a vida de combate às desigualdades, homofobia, contra o racismo, e de tratamento aos dependentes químicos, destacamos a valorização e divulgação da cultura baiana no cenário nacional. Dois mil e nove foi o ano que iniciamos as comemorações do centenário de Euclides da Cunha, uma iniciativa aprovada na Comissão de Educação, com a realização de um seminário que acabou motivando outras manifestações em um esforço pedagógico não apenas de valorizar a cultura, mas as lutas da Bahia, através de Canudos e o significado de Euclides da Cunha como contador dessa história.

Nesse mesmo contexto apresentamos o Projeto tornando Mestre Bimba Patrono da Capoeira no Brasil, iniciativa, que, destaca a importância das tradições e inovações que o estado representa na cultura afro-brasileira, A sessão especial em homenagem a Dorival Caymmi. O Projeto de Lei que transfere simbolicamente a capital do país para Porto Seguro no dia 22 de abril. Ainda na perspectiva de valorização da cultura, colocamos emendas no orçamento visando a promoção turística para garantir a realização das festas de Nossa Senhora da Boa Morte e Nossa Senhora da Ajuda em Cachoeira, e o São João, hoje uma das festas mais destacadas no Nordeste, gerando emprego e renda para os municípios.

E como é coordenar a Bancada da Bahia?

A coordenação da bancada é trabalho basicamente de articulação política em torno dos interesses da Bahia e da bancada propriamente dita, ou seja, a bancada não é entendida como de governo ou de oposição, mas sim como um bloco que deve construir uma unidade política de atuação em torno de objetivos que unam a Bahia. Tem sido uma experiência muito gratificante para mim.

Que avaliação você faz sobre a gestão do Governador Jaques Wagner?

Uma avaliação bastante positiva. Os dois primeiros anos foram de implantação de uma nova forma de governar, agora estamos colhendo os frutos do trabalho. O governo desenvolve programas como o Água para Todos, que até o final deste ano tem como meta levar água de qualidade e esgotamento sanitário para 1,2 milhão de pessoas suprindo necessidades indispensáveis da população; o Territórios de Identidade, com investimentos nunca vistos no semi-árido em articulação com o governo federal; o Luz Para Todos, que foi intensificado fortemente no governo Wagner e temos o Bolsa Família, que beneficia 6 milhões de baianos e investimentos. Na área da saúde, só de hospitais, são 4 novos, o Hospital de Santo Antônio de Jesus, que passou 18 anos tendo dificuldades, o Hospital de Juazeiro, o Hospital Geral do Estado no Subúrbio de Salvador e o Hospital da Criança em Feira de Santana. Eles não resolverão todos os problemas de saúde do Estado, mas é um avanço grande. Na área econômica ampliamos a atração de investimentos privados, de grandes empresas como a FORD, a BRASKEN e MIRABEL, e investimentos em logística, como a Via Portuária, a Ferrovia Leste-Oeste, o porto e o novo aeroporto de Ilhéus. Nesse período foram criados 170 mil novos postos de trabalho com carteiras assinadas, um número nunca antes registrado na economia do estado.

Sua candidatura ao Senado Federal já está definida?

Estou trabalhando para viabilizar meu nome como candidata. Acredito que mais do que um arranjo eleitoral, a chapa tem de expressar um projeto político para a nova Bahia que nós estamos construindo. E um projeto político precisa estar alicerçado na história política da chapa e naquilo que de futuro, de novo, ela apresenta. Não é possível em pleno século 21, com as conquistas realizadas na Bahia, no Brasil e no mundo, nós termos uma chapa majoritária sem a presença de uma mulher.

Comenta-se nos bastidores da política estadual que uma das duas vagas na disputa ao Senado Federal já está assegurada ao Ex Governador Otto Alencar. A senhora, lógico quer a outra vaga. Como ficaria a configuração política na majoritária, caso o Senador César Borges venha assumir um compromisso de apoio ao Governador?

Essa é uma articulação que o governador Jaques Wagner vem fazendo e eu confio que terá a sabedoria de formar uma chapa para disputar e vencer as eleições. Nós fazemos parte do governo Wagner e estamos nos preparando para isso, vencer as eleições. O mais importante é garantir a reeleição do governador Jaques Wagner, para que a Bahia continue avançando nas políticas e conquistas sociais.

Como você observa a candidatura do Ministro Geddel Vieira (PMDB) ao Governo?

Observo com muita tranqüilidade. É um direito que o ministro tem de querer disputar o governo do estado. Não vejo nada de estranho nisso.

Caso o Governador confirme em sua chapa a presença dos ex-carlistas, qual será a sua posição? Existe um segundo projeto?

Não existe um segundo projeto. Por várias vezes afirmei que nosso compromisso é a reeleição do governador Jaques Wagner, por tudo que ele representa de avanço para a Bahia. Tenho certeza que ele vai avaliar qual a melhor forma de montar sua chapa para a reeleição. Não será por um eventual descontentamento com a formação dessa chapa que vou deixar de apóiá-lo. Até porque ele não está fazendo nenhuma concessão nem nos princípios e tampouco no projeto de governo. Essas lideranças é que estão aderindo ao projeto da esquerda baiana.

A Senhora tem um grupo de eleitores fieis na Cidade de Catu. Qual sua relação com nossa Cidade?

Tenho uma relação muito próxima com esse município, pois foi onde meus pais nasceram. Sempre que posso estou em Catu, procuro ajudar o município colocando emendas no Orçamento da União para a realização de projetos de interesse da população e a cada visita que faço a essa querida cidade, as emoções se renovam com as lembranças do convívio na infância e adolescência com meus avós, primos, tios e algumas delas se tornaram referência em suas profissões, como tia Celeste e tia Helenita. Era em Catu que passávamos as férias de São João e de final de ano, no bonito casarão, onde hoje funciona a Bradesco, portanto, a relação com a cidade é muito afetiva.

Como a Senhora avalia o trabalho do Vereador Nego (PSB), atual Presidente da Câmara Municipal de Catu?

Nego é um valoroso companheiro do PSB e está desempenhando com muita competência a presidência da Câmara. Estive participando da sessão solene comemorativa dos 141 anos de emancipação política da cidade, no ano passado e pude observar o clima de harmonia que conseguiu estabelecer na Casa e o respeito que os colegas demonstram pelo seu trabalho onde os interesses da cidade são colocados acima das divergências políticas. Estamos sempre em contato, conversando sobre os problemas do município, tenho colocado emendas no orçamento da União para a cidade, este ano, por exemplo, estamos alocando recursos para Catu R$ 200 mil para infra-estrutura turística e recuperação da Igreja.

Qual sua opinião a respeito do litígio de território entre os Municípios de Catu e Pojuca?

Estou acompanhando com muito interesse o desfecho dessa polêmica na justiça. Minha posição é de que as terras devem ser devolvidas ao Município de Catu. Essa decisão de incorporar as terras a Pojuca foi um equívoco e está prejudicando o município. O acumulo de perdas de receitas, no ano passado, segundo fui informada, somavam mais de R$300 mil por mês, relativas aos royalties e a perda de receitas com o ISS. As terras em litígio são ricas em petróleo onde estão instalados tanques de armazenamento da Petrobrás, oleodutos e gasodutos. É evidente que isso traz sérias conseqüências para a economia, prejudicando a população e o município que já foi um próspero produtor de açúcar com muitas usinas instaladas na região. Posteriormente, com a descoberta de petróleo também experimentou uma fase de crescimento, até 98, quando houve a incorporação de terras do município pela localidade de Pojuca, comprometendo muito o desenvolvimento da cidade.

A Deputada pode ficar a vontade para conceder suas considerações finais.

Agradeço ao Blog Retratos de Catu pelo espaço. Acho que a Bahia esta mudando para melhor com o governador Jaques Wagner. È evidente que ainda há muito para ser feito, mas não temos como negar os avanços alcançados em todas as áreas. As últimas pesquisas mostram que a população reconhece esses avanços e certamente vamos seguir no caminho do desenvolvimento melhorando cada vez mais a vida das pessoas.

Tiago Amorim
25 de fevereiro de 2010

Delegado de Catu fala sobre o aumento da violência em Catu

Quem é o Dr. Rodrigo Britto?

Tenho oito anos atuando como Delegado e trabalhei em Ribeira do Amparo e Santo Estevão, fui convidado a trabalhar em Catu à dois anos e meio e estou muito sastifeito aqui na cidade com relação a estrutura da Delegacia e do apoio tanto do comercio, da comunidade e do Poder Legislativo
Estamos trabalhando para fazer o melhor pelo Município.

O que falar das estatísticas sobre o aumento da violência na cidade?

Nós concordamos com as estatísticas, mais o que agravou foi o fato dos roubos de veículos e os assaltos feitos por motoqueiros aqui na região terem aumentado muito.
“Eles assaltavam pessoas de bem e o comercio”, mas a policia Civil conseguiu prender duas duplas, resolvendo alguns destes fatos de assaltos cometidos por motoqueiros após estas prisões, quanto ao roubo de veículos ainda continua, é uma quadrilha especializada que vem atuando não só em Catu como também em Alagoinhas, Pojuca, Mata de São João e São Sebastião do Passé. É um trabalho mais demorado porque envolve investigações realizadas em outras cidades também.

Há pouco tempo a Senhora Lucia proprietária de um restaurante em Pojuca foi assassinada por conta do roubo do seu veiculo “Strada”. O Sr acha que existe critério nos roubos a veículos?

Os Veículos tipo pick-up realmente são alvo desta quadrilha, há um bom tempo, mais ultimamente registramos relatos de outros veículos também sendo visados como o caso de Gol, Stillo, Strada e principalmente carros populares, portanto não existem critérios. Também tinha uma quadrilha especializada no roubo de TOPICS, mais a Policia Militar de Alagoinhas conseguiu prender um dos elementos e outro continua foragido. O principal suspeito pela liderança desta quadrilha e que tem mandato de prisão por Catu e Pojuca é o Cleiton Catão, algumas pessoas de Catu conhece porque ele andava muito aqui na Região. Ele é o principal suspeito pela morte da Sra. Lucia lá em Pojuca.

Algumas ações da Policia estiveram em cena na mídia nacional, inclusive as investigações dos roubos de peças da Estatal Petrobras. O que falar dessas investigações?

Quando nós chegamos aqui nos deparamos com um índice bastante elevado desse tipo de roubo de tubos, peças, válvulas e de brocas, uma coisa totalmente fora da realidade e nós focamos uma investigação e fomos felizes em conseguir aqui na cidade de Catu descobrir um deposito clandestino que pertencia a um elemento chamado Maranhão, o filho dele ficou preso por um bom tempo, mais ele continua foragido, após isso fizemos uma apreensão em Lauro de Freitas junto com a Policia Civil de Alagoinhas, depois disto as ocorrências em Catu zeraram.

No inicio do ano de 2009, a Cidade de Catu, testemunhou um crime bárbaro, talvez um dos piores dos últimos anos. A esposa e empregada do Empresário Marildo, proprietário da Dourado Car, foram brutalmente assassinadas a facadas. Qual a situação atual dos autores deste crime e quem são eles?

Os autores deste crime bárbaro foram Marcio Serapião e Abimael, existe também o 3° elemento que é o receptador das peças roubadas. Foi um crime bárbaro, particularmente, foi o pior que me deparei diante da frieza e das circunstâncias e fomos felizes na captura dos autores que estão presos aqui na Delegacia de Catu aguardando o julgamento.
A dificuldade que o judiciário nos passou em marcar a audiência é devido a um dos autores não possuir defensor, mais a defensoria pública já está providenciando um para que a audiência aconteça. Esperamos que eles sejam condenados e encaminhados ao Presídio.

Qual a situação atual da Delegacia?

Eu fui feliz em encontrar uma Delegacia nova, informatizada.
Nós fizemos alguns melhoramentos com a ajuda do Poder público Municipal e da iniciativa Privada, conseguimos ampliar o muro, implantação de câmeras e veículos doados pela Petrobras.
A estrutura da Delegacia é muito boa para realidade de uma cidade do interior e também fomos felizes com a antiga gestão da Policia Civil do Dr Laranjeiras, ele nos enviou vários policias pra reforçar a equipe, estamos colhendo os frutos aos poucos.

Qual a capacidade e quantos presos encontram custodiados na Delegacia de Catu?

Nós temos em média 35 presos e a capacidade máxima é de 16, sendo que já chegamos a ter mais de 40. É uma super lotação, sendo que a Delegacia de Catu tem um grande problema que é a custódia, as celas são pequenas e não tem espaço para o banho de sol, realmente é uma condição desumana. A parte de atendimento ao público é muito boa, mais a custódia deixa a desejar.

Delegado, o Senhor já encontrou a Delegacia com essa estrutura?

Já sim, mais quem faz essa estrutura da custódia é o Estado, existe uma série de requisitos, eu já vi Delegacias que tem área de sol que da três dessas e durante o dia agente solta os presos, aqui é quadrado e não tem como.
Na teoria preso em Delegacia é pra ficar 30 dias no máximo, uma coisa transitória, mais tem presos que ficam dois ou três anos custodiados.

Tiago Amorim e Roberto Freitas
20/09/2009